quinta-feira, junho 02, 2005

Não Crer

Chover estrelas, molhar o céu
Fazer no mar tempestade de areia
Calar o vento, apagar o sol
Pedir a lua a quinta fase só pra mim.

No deserto, secar-te a fonte
Escrever poemas sem caneta nem papel
Ter um pincel e pintar a tua estrada
Numa tela de aguarela e verniz.

Fechar os olhos, imaginar teu corpo
Uma escultura em prata decaída em ouro
Tirar-te o véu, despir a tua roupa
Rezar a Deus e pedir que fiques louca.

Porque...
O impossível pode acontecer
Vais ver...
O que sou capaz de fazer.

Do pianista esperar a quinta sinfonia
Rasgar as contas da saída que aconteciam
Criar momentos onde se diziam
Era tão bom estar ao teu lado
Não fosse teres me magoado.

A escuridão apaga a tua vela
Fico contente, vens tu e trazes ela
Espirito escondido no aparecer
Fingir ter uma vida para se viver.

Escondo na atitude o medo de falar
O mal do teu destino foi fazer-me te amar
Nego à esperança o último suplício
Na tua voz encontrei meu sacrifício.

Ígor Lopes

2 Comments:

At 12:08 AM, Blogger Sonetos & Rabiscos said...

Ígor,
gostei do seu blog. Especialmente, deste poema.
Grande abraço,

Nathan

 
At 8:29 PM, Anonymous Anônimo said...

axu k ja vi ixtuh em kualker laduh...
mas na to a ver onde...
loool um abs

 

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