quinta-feira, junho 02, 2005

A batalha do amor

Rio de janeiro, algum dia do mês de junho do fatídico ano de 1999.

“... um sentimento de amargura tomava todo o meu ser, tomava minha mente, tomava o pouco de vontade de viver que eu sentia, me fazia implorar para que me dissessem por que de tal coisa acontecer comigo, me fazendo calcular as vantagens de viver o amanhã...”
Foi como muito gosto que conheci alguém por quem dois sentimentos que pareciam tão juntos foram se distanciando um do outro e distanciavam também meu sonho de uní-los num futuro tão próximo, mas que, na verdade, estava tão longe quanto a vontade de conquistar apenas um desses sentimentos. Só havia um problema: Qual deles era o mais importante? O amor ou a Amizade?
Escolhi o que mais me agarrava a esse alguém. A amizade. Que com o tempo viraria amor. E foi o que aconteceu. Eu esperava mil coisas acontecerem ao mesmo tempo, e assim se fez, um amor cresceu como uma chama acesa que contra o vento e se espalhava por territórios cada vez mais distantes da mais importante fronteira. O amor. Esqueci por vezes que tudo que eu sonhava era apenas sonho ou sonho. Mas o final do ano se aproximava, e o fim desse amor não correspondido e mal interpretado, também.
Problemas surgiam, dificuldades cada vez mais difíceis também, dificuldades como uma recuperação amorosa e escolar. Minha sorte foi ter bases bem fortes que me sustavam e não me deixavam cair com o tombo que a vida me fazia sofrer, essas bases eram meus amigos. Recuperado de um certo amor, tentei me recuperar na escola, recuperei minhas forças, minha vontade de viver e o meu antigo jeito de ser. Comecei a estudar e quando menos esperava, um vilão dentro de mim dava sinais de uma segunda batalha, e eu por minha vez, já farto de derrotas, levantei logo a bandeira branca, para pedir paz e evitar um novo conflito, o qual temia ser novamente a vítima. Só que a bandeira branca levantada por mim, foi mais uma vez mal interpretada pelo meu coração, serviu para eu limpar algumas lágrimas, por ser um sentimento tão novo eu ainda não tinha me encorajado a acreditar no que podia acontecer.
Numa tarde na escola, eu avistei algo mais do que lindo, algo mais do que encantador, algo que me fazia agradecer por estar ali. No início não foi o suficiente para me tirar do sério, mas com o seu jeitinho foi tomando parte do meu coração e de minha vida. Mas as férias chegaram. Eu e meus amigos passamos de ano, e esse sentimento foi se apagando.
Até que o ano novamente começou e ai não deu pra resistir. Foi só uma olhada para pintar amor e um sentimento muito forte, o qual melhor adjetivo não poderia ser tão em escolhido, foi paixão, me apaixonei. Sentia uma vontade louca de poder dizer-lhe um simples: te amo. Porém, um grande avanço para mim, vários planos eu fiz. Na religiosidade busquei forças para ganhar essa batalha. Comecei então a bombardeá-la com poemas, versos e cartas que diziam ao mesmo tempo muito e pouco do que sentia por ela.
Com palavras educadas, porém ardentes eu tentava me declarar, mas sentia falta de um contato mais objetivo. Assim conseguimos marcar um encontro meio tumultuado mas cheio de esperança e amor, tentei aproveitar ao máximo aquele momento, mas ao deparar-me com de frente com ela, deparei-me também com o nervosismo e a alegria de ter aquela oportunidade. Naquele momento meu coração e meus sonhos e esperanças falaram por mim, como se fossem porta-voz de um sentimento tão grande e mais que especial que eu sentia por ela. Depois disso, tudo parecia resolvido, mas foi ai que eu notei que o pior estava por vir. Nunca havia ficado tão perto dela e por tanto tempo, assim foi que eu descobri que necessitava disso por mais vezes, se possível pra sempre.
Os sonhos com ela começaram a ficar cada vez mais intensos e reais, foi ai que um simples cartão me deu a alegria de ver meu nome sendo pronunciado por entre seus lábios e, em forma de agradecimento, meu coração disparou de forma a deixar-me inquieto pelo resto do fim de semana, o qual passei sonhando com ela e pensando nela em todos os minutos possíveis, pois tenho tudo nesta vida e sou bastante feliz, mas minha felicidade só será completa quando eu a tiver ao meu lado e, se um dia for necessário dizer-lhe te amo pela última vez, eu o farei, se não for com palavras, será com um simples olhar, com o coração ou com a alma. Neste novo caso que estou vivendo, escolhi ao contrário do primeiro, o caminho do amor, esperando talvez alcançar uma grande amizade também.
E nesses dias, um sentimento de amargura tomava todo o meu ser, tomava minha mente, tomava o pouco de vontade de viver que eu sentia, me fazia implorar para que me dissessem o por que de tal coisa acontecer comigo, me fazendo calcular as vantagens de viver o amanhã. Amanhã, uma palavra tão distante, a qual não serei merecedor de vive-lo se a pequena porcelana não tiver a meu lado. Será um gosto a mais da vida nos fazer sofrer por amor? Será que passamos por um aprova de fé ao tentar conquistar a quem queremos ao nosso lado pelo resto de nossas vidas? Não sei a resposta, porém se acheguei até aqui, daqui não voltarei, pois farei o possível e o impossível para conquista-la e esperarei o tempo que for preciso, por que eu te amo!
Agradeço a todos que colaboraram para tudo o que aconteceu até aqui.

Ígor Lopes

1 Comments:

At 12:55 PM, Blogger Unknown said...

É isso aí!

 

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