Mar de saudade
Batem as ondas...
Num bater de acalento do Douro
Rio de vida, de descobrimentos.
Caminho de muitos sofrimentos e desejos,
Anseios perdidos, conquistados, consagrados,
Hoje esquecidos.
Mas também de coração partido, de águas que não falam
De choro preso e lágrimas marcadas pelo fim do dia.
Dos socalcos memoráveis sobrou a coragem, o talento, a humildade de uns.
No coração têm segredos, mistérios…
Batem as ondas que benzem este mundo esquecido.
Agora crescido, imaturo, civilizado como sabe ser.
De uma margem a outra é só mundo
Que a água e a história souberam manchar as suas tradições
Criar nódoas, desamparar.
Espíritos acolhedores de insultos e devaneios contemporâneos.
Nasce o sol e com ele um novo amanhecer.
De Leste a Oeste, a frescura “libertina” dos últimos dias...
Um ruído na paisagem e chegou a hora de partir...
Batem as ondas...